terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A dor

Demorei para voltar a escrever e dividir com voces caros e ainda poucos leitores, minhas dores e alegrias, hoje escrevo sobre um homem o qual tem uma importancia existencial em minha vida e que me deixou as 4h da manha do dia 17 de fevereiro de 2008, esse homem, meu pai.

É com uma enorme lacuna aberta à força em meu peito que derramo sobre está página toda saudade que o grande homem, avô, bisavô, pai, meu pai e de mais onze irmãos, um pouco da grandeza que era Reinaldo Siqueira de Miranda, lembro-me de ficar ali sentado num canto, ouvindo suas historias (que não eram poucas) sobre sua vida, do menino nas ruas de Jaraguá que passou fome (muitas vezes chegando a desmaiar), até suas aventuras na Europa, como conquistou o mundo.

Boêmio assumido, poeta, amante, da vida e de várias mulheres, um homem inteligente que gostava de viver a vida intensamente, marreto, brigam, sonhador, alegre, feliz, amado por muitos, invejado por alguns, assim era esse homem tão especial, construiu uma vida, deu luz a um povoado conhecido mundialmente, de seu sonho nascia à praia do francês; esse homem nos ensinou com toda sua garra e coragem, o valor de cada objetivo alcançado na vida, nós somos totalmente responsáveis por nosso caminho, por nossa historia seja ela boa ou não, nos mostrou o peso de carregar o sobrenome Siqueira (privilégios o qual muitos ainda não entendem), esse moleque crescido que não desejava nada mais que seus filhos por perto, um homem que não sabia o significado da palavra fim, alguém que deixara saudades eternas nos corações daqueles que o amavam sem limites, usurpando as palavras deste homem termino minha singela homenagem a esse titã que era seu Reinaldo. “Ontem não me lembro, hoje estou vivendo e amanha não estou sabendo” e citando uma frase muito cantada por ele em nossas andadas por esta vida “e por falar em saudade, onde anda você”... Agora estais ai no céu meu pai, do lado de deus, ouvido todas as manhas os programas de rádio celestiais acompanhado de um copo de uísque ao lado de seu filho Rubian que teimou em ir antes de te e agora te recebe com todo amor e carinho que nos matemos por aqui, Te amamos muito, até um dia.

Luiz Siqueira